sexta-feira, 10 de outubro de 2014

     



E se...


Se eu acreditasse que deus existe, qualquer deus, não só o deus católico, mas qualquer deus no universo mesmo, hoje eu pediria para o mundo parar, para o tempo parar, para o espaço se dilacerar. 
Eu pediria para acreditar, para pensar igual, para não doer nunca mais. Eu pediria para confessar todo esse meu medo de ser quem eu sou, de ser como sou. Eu pediria para querer ser igual, igual na singularidade da minha diferença. 
Como dói e dilacera meu coração a arrogância e a desinformação. Como dói a dor de não entender a massificação do ser. 
Pensar demasiado dói... E dói cada vez mais não fazer parte do que rejeito. E é assim que sigo os meus dias, carregando uma alegria triste, que chora e ri do que não deseja e nunca desejou ser um dia.